14 junho 2010

EUA descobre reserva mineral afegã estimada em US$ 1 tri

Reduzir Normal Aumentar Imprimir Os Estados Unidos descobriram vastos depósitos minerais no Afeganistão, numa riqueza natural que está sendo estimada em aproximadamente US$ 1 trilhão e poderia significar não somente uma virada na história da economia afegã, mas inclusive no cenário de guerra deste país, informa matéria publicada na manhã desta segunda-feira no New York Times.

A reserva natural é composta principalmente por depósitos de ferro, cobre, cobalto e ouro, largamente utilizados na indústria moderna. Há também enormes concentrações de lítio, um dos metais mais importantes e escassos atualmente, largamente empregado na indústria da informática.

De acordo com a matéria, a descoberta poderia fazer do Afeganistão um dos principais centros mundiais de mineração - ou, como uma nota do Pentágono deixa claro, a "Arábia Saudita do lítio", em referência ao papel do petróleo da economia saudita.

A descoberta, feita por um pequeno grupo de oficias e geólogos americanos, foi comunicada ao governo afegão. A previsão é que a potencial "indústria de mineração" ainda leve muitos anos para se desenvolver, mas oficiais acreditam que investimentos já poderiam ser feitos mesmo antes de as minas se tornarem "rentáveis". Estes investimentos gerariam empregos e poderiam tirar o foco para a guerra e seus problemas, analisa a reportagem do jornal.

A estimativa trilionária dos americanos repercutiu em jornais mundiais neste início de semana. Na França, o Figaro, apontando para a importância da boa gestão de recursos, lembrou da "maldição da matéria prima". O periódico espanhol El País escreveu que a descoberta "muda o plano de guerra".

Os EUA invadiram o Afeganistão em 2001. A economia afegã, baseada na produção de ópio e no tráfico de narcóticos, é dependente de ajudas externas. Seu PIB gira em torno de US$ 12 bilhões.

29 maio 2010

Casamento de Valêssa e Leandro



Pessoal, esse vídeo já fiz há algum tempo, mas somente agora pude postar. É um casal de bombeiro muito simpáticos!!!

27 maio 2010

Acordos do Brasil com a UE permitião ampliar voos internacionais e exportações

A partir de 14 de julho, o número de voos internacionais do Brasil para a União Europeia deve aumentar. A informação é do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Na manhã de hoje (25) ele assinou uma declaração para firmar dois acordos com a União Europeia em dois meses. As informações são da Agência Brasil.

O primeiro acordo prevê que as companhias aéreas dos participantes possam pedir rotas para o Brasil, a partir de aeroportos de países europeus vizinhos. Isso permitirá que qualquer aeroporto europeu tenha ligação direta com o Brasil.

- Hoje, 20 países da União Europeia não contam com ligação direta com o Brasil. O acordo aumenta a possibilidade de voos internacionais e a concorrência, com benefício direto para o passageiro e para as empresas.

O segundo acordo prevê o reconhecimento mútuo dos certificados de aeronavegabilidade e segurança emitidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na União Europeia e os emitidos pela European Aviation Safety Agency (Easa) - órgão regulador europeu no Brasil.
Isso significa que uma aeronave fabricada e certificada no Brasil não precisará passar pelo mesmo processo de certificação na Europa como acontece hoje.

"Esse acordo impulsionará as exportações brasileiras, ou seja, facilita a vida de todos".

18 maio 2010

Países da UE e Mercosul reiniciam negociações comerciais

A União Europeia (UE) e o Mercosul retomaram oficialmente nesta segunda-feira as negociações de liberalização comercial entre os países de ambos os blocos, que estavam suspensas desde 2004.

O interesse em reabrir as negociações sobre a criação de uma zona de comércio livre para os dois blocos, que juntos representam 750 milhões de pessoas, tem aumentado desde o começo da crise financeira global, mas qualquer acordo enfrentaria forte resistência do setor agrícola europeu.

"Reabrimos as negociações porque estamos convencidos de que podemos fazer com que levem a um acordo de parceria ambicioso e equilibrado", disse o presidente do braço executivo da União Europeia, José Manuel Barroso, em coletiva após reunião em Madri.

Ele afirmou que ambos os lados teriam que fazer concessões para que um acordo seja fechado. Quando as negociações foram suspensas, em 2004, os países do Mercosul não estavam satisfeitos com o acesso restrito oferecido aos mercados agrícolas europeus. Na época, a UE buscava propostas do Mercosul para a abertura de seu mercado de telecomunicações e a proteção de indústrias europeias.

Qualquer acordo hoje deverá envolver um corte nas tarifas de importações agrícolas pela UE, em troca de um maior acesso aos mercados de serviços e telecomunicações do Mercosul.

O ministro da agricultura francês, Bruno Le Maire, reiterou nesta segunda-feira que seu país se opõe a um acordo. Autoridades da UE também afirmaram que, caso haja um acordo, ele não deve enfraquecer os avanços das também suspensas negociações comerciais da Rodada Doha.

Itamaraty estende direitos a companheiros de servidores gays

O Ministério de Relações Exteriores passou a conceder passaportes diplomáticos ou oficiais para companheiros de servidores gays que trabalham nas representações do Brasil no exterior. A circular com a mudança das normas, que foi enviada pelo Itamaraty às embaixadas e aos consulados no dia 14 de maio, já está em vigor e foi comemorada pelas organizações de defesa dos direitos dos homossexuais. As informações são do jornal O Globo.

O documento oferece aos companheiros homoafetivos o mesmo tratamento dispensado aos casais heterossexuais. O passaporte diplomático será entregue a quem estiver registrado na Divisão de Pessoal do Itamaraty como dependente de assistência médica, benefício estendido a parceiros homossexuais desde 2006.

17 maio 2010

Lula diz que acordo com Irã é vitória da diplomacia


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (17) que o acordo fechado entre Brasil, Irã e Turquia para troca de material nuclear foi uma “vitória da diplomacia”. Lula participou da negociação como o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, em Teerã.

O acordo prevê que o Irã envie à Turquia 1.200 kg de urânio de baixo enriquecimento (3,5%). Em troca, receberá o material enriquecido a 20% para ser usado em pesquisas médicas em Teerã, depois de até um ano. Nesse período, haverá supervisão de inspetores turcos e iranianos.

“Foi uma resposta de que é possível, com diálogo, a gente construir a paz, construir o desenvolvimento”, disse Lula no programa de rádio Café com o Presidente, gravado de Teerã logo após o fechamento do acordo.

O governo brasileiro acredita que o acordo criará confiança na comunidade internacional e pode evitar que o Irã seja submetido a sanções por causa de seu programa nuclear.

Lula disse que o Brasil sempre acreditou na possibilidade de acordo e que a negociação prova que é possível fazer política internacional baseada da confiança.

“Há um milhão de razões para a gente ter argumento para construir a paz e não há nenhuma razão para a gente construir a guerra. O Brasil acreditou que era possível fazer o acordo. Mas o que é importante é que nós estabelecemos uma relação de confiança. E não é possível fazer política sem ter uma relação de confiança”, avaliou.

Lula deixou o Irã hoje (17) e seguiu para a Espanha, onde participará da Cúpula União Europeia-América Latina. Em seguida, o presidente brasileiro vai para Portugal.

Amorim

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje (17), em Teerã, que o acordo fechado para o envio de urânio do Irã levemente enriquecido para Turquia deve evitar as eventuais sanções ao governo iraniano por suspeitas ao seu programa nuclear.

Amorim ficou até as 4h da manhã de hoje (17) negociando os termos do acordo com os chanceleres do Irã e da Turquia. O acordo foi firmado nesta manhã durante as reuniões paralelas do G15.

“Vamos continuar discutindo e vamos ver o que vem, o que vai acontecer. Sempre achamos que era necessário dar um crédito de confiança à paz e à negociação. Agora, nós temos as condições materiais para que esse crédito de confiança exista”, afirmou Amorim, no programa semanal de rádio Café com o Presidente, que foi ao ar na manhã de hoje.

O chanceler reconheceu, porém, que o acordo firmado hoje é apenas o início de uma série de negociações. “Esse acordo não vai resolver todas as questões, mas é o passaporte para discussões mais amplas que criem a confiança na comunidade internacional e, ao mesmo tempo, permita ao Irã exercer o direito legítimo à energia nuclear para fins pacíficos, inclusive com enriquecimento”.

Amorim lembrou ainda que a Turquia, que receberá o urânio do Irã, pertence ao grupo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), ligado aos Estados Unidos – o país que lidera a campanha internacional em favor das sanções contra o Irã.

“Eu não vejo nenhuma razão [para desconfiança], nem a Turquia, que aliás, é um país membro da Otan, portanto muito ligado, aliado militar até dos Estados Unidos. Claro, cada um fará seu julgamento, mas nós não vemos nenhuma razão para que haja continuidade nesse movimento em favor de sanções”.

Segundo o chanceler, o governo brasileiro comemora o acordo firmado hoje, que representa os esforços em torno da busca pela paz e a não imposição de sanções contra o Irã.

“Nós tivemos que trabalhar durante muito tempo e enfrentar o ceticismo de muitos países. Mas o que eu queria salientar é que essa declaração entre Turquia, Brasil e Irã contém os elementos principais que são necessários, todos os elementos que são necessários, para que haja o acordo de troca de urânio por elementos combustíveis”.

Israel diz que Irã enganou Brasil e Turquia

De acordo com a agência de notícias France Presse, um alto funcionário do governo israelense teria dito que o Irã enganou o Brasil e a Turquia com o acordo de troca de material nuclear, assinado poucas horas antes.

"Os iranianos enganaram o Brasil e a Turquia fingindo aceitar que o enriquecimento de parte do seu urânio seja feito na Turquia", afirmou o funcionário que pediu anonimato.

"Eles já fizeram o mesmo no passado, fingindo aceitar esse procedimento para diminuir a tensão e o riscode sanções internacionais, porém, em seguida, se negaram a cumprir o acordo", disse.

Na manhã desta segunda-feira (horário local), os ministros de Relações Exteriores do Brasil, Turquia e Irã assinaram um acordo no qual o Irã enviará 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido para a Turquia e receberá de volta, em um ano, o material enriquecido a 20% (nível utilizado para um reator de pesquisa).