18 maio 2010

Países da UE e Mercosul reiniciam negociações comerciais

A União Europeia (UE) e o Mercosul retomaram oficialmente nesta segunda-feira as negociações de liberalização comercial entre os países de ambos os blocos, que estavam suspensas desde 2004.

O interesse em reabrir as negociações sobre a criação de uma zona de comércio livre para os dois blocos, que juntos representam 750 milhões de pessoas, tem aumentado desde o começo da crise financeira global, mas qualquer acordo enfrentaria forte resistência do setor agrícola europeu.

"Reabrimos as negociações porque estamos convencidos de que podemos fazer com que levem a um acordo de parceria ambicioso e equilibrado", disse o presidente do braço executivo da União Europeia, José Manuel Barroso, em coletiva após reunião em Madri.

Ele afirmou que ambos os lados teriam que fazer concessões para que um acordo seja fechado. Quando as negociações foram suspensas, em 2004, os países do Mercosul não estavam satisfeitos com o acesso restrito oferecido aos mercados agrícolas europeus. Na época, a UE buscava propostas do Mercosul para a abertura de seu mercado de telecomunicações e a proteção de indústrias europeias.

Qualquer acordo hoje deverá envolver um corte nas tarifas de importações agrícolas pela UE, em troca de um maior acesso aos mercados de serviços e telecomunicações do Mercosul.

O ministro da agricultura francês, Bruno Le Maire, reiterou nesta segunda-feira que seu país se opõe a um acordo. Autoridades da UE também afirmaram que, caso haja um acordo, ele não deve enfraquecer os avanços das também suspensas negociações comerciais da Rodada Doha.

Itamaraty estende direitos a companheiros de servidores gays

O Ministério de Relações Exteriores passou a conceder passaportes diplomáticos ou oficiais para companheiros de servidores gays que trabalham nas representações do Brasil no exterior. A circular com a mudança das normas, que foi enviada pelo Itamaraty às embaixadas e aos consulados no dia 14 de maio, já está em vigor e foi comemorada pelas organizações de defesa dos direitos dos homossexuais. As informações são do jornal O Globo.

O documento oferece aos companheiros homoafetivos o mesmo tratamento dispensado aos casais heterossexuais. O passaporte diplomático será entregue a quem estiver registrado na Divisão de Pessoal do Itamaraty como dependente de assistência médica, benefício estendido a parceiros homossexuais desde 2006.