02 fevereiro 2010

Me sinto constrangido com Machado de Assis

Quando comecei a leitura de Esaú e Jacó, percebi um pouco mais da sagacidade de Machado.

O Conselheiro Aires é um personagem tão envolvente em sua arte de se relacionar, que está me impelindo a também conhecer suas anotações particulares, o Memorial de Aires.

Com um tom de escrita tão acolhedor, me sinto constrangido com Machado se deixar de ler mais páginas que posso em meu curtíssimo tempo disponível.

Estou no capítulo L.

Espiões podem ter vazado documento sobre clima, diz cientista

Especialista afirma que há "muitos grupos poderosos
interessados em desestabilizar os estudos científicos"


LONDRES - Um grupo de lobistas norte-americanos ou uma agência de inteligência estrangeira pode estar por trás do roubo de e-mails com conteúdo sobre estudos climáticos da Universidade de East Anglia no ano passado, acusa David King, ex-assessor-chefe do Departamento de Ciências do governo do Reino Unido.

Segundo King, "a operação que resultou o roubo de mais de mil mensagens eletrônicas do servidor da Universidade East Anglia sugere um trabalho profissional e não de um hacker solitário".

"Eu sei que há a possibilidade de um bom hacker ter feito esse trabalho, mas a operação foi extraordinariamente sofisticada. Existem muitos grupos que poderiam fazer esse tipo de ação, como agências de inteligência", disse King ao jornal The Independent. O especialista não mencionou o nome de nenhuma agência ou grupo de lobista e afirmou que não está envolvido nas investigações que a polícia inglesa e a universidade estão fazendo.

King afirma que "poderosas empresas norte-americanas investiram muito dinheiro para desestabilizar os estudos científicos sobre as mudanças climáticas em ações que envolvem até espionagem internacional".

Depois do vazamento dos e-mails em novembro do ano passado, muitos especialistas acusaram os autores dos estudos climáticos de exagerarem na leitura e avaliação dos dados sobre o clima global.

"Este episódio mostrou um aspecto frágil do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (órgão ligado à ONU). Estão forçando por um consenso dentro da comunidade científica sobre a questão do aquecimento global", disse King.

Nenhuma pessoa foi detida ou acusada pelo roubo das mensagens eletrônicas da Universidade de East Anglia até hoje.


Fonte: Estadão

Human Rights Watch compara governo de Uribe ao de Fujimori


BOGOTÁ - O diretor para as Américas da organização Human Rights Watch (HRW), José Miguel Vivanco, disse que o governo do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, parece-se cada vez mais ao do ex-mandatário peruano Alberto Fujimori (1990-2000).

Vivanco apresentará ainda nesta semana um relatório sobre o ressurgimento dos grupos paramilitares na Colômbia, embora dados oficiais indiquem que cerca de 30 mil combatentes já tenham se desmobilizado.

Em entrevista concedida de Washington ao jornal El Espectador, Vivanco apontou uma série de semelhanças entre as administrações de Uribe e Fujimori, condenado a 25 anos de prisão por violações dos direitos humanos cometidas no período em que governou o Peru.

- O de Fujimori foi o caso de um presidente com grande popularidade como Uribe, fruto da gratidão das maiorias por ele ter derrotado o [grupo armado] Sendero Luminoso, prendendo seus principais líderes e reconstituindo a economia peruana - observou o diretor da HRW.

No ano passado, o ex-presidente do Peru foi considerado pela justiça o responsável por duas chacinas ocorridas em 1991 e 1992, nas quais 25 pessoas morreram.

Vivanco destacou que "os cenários da Colômbia atualmente são muito similares aos dos anos 90 no Peru". Ele também antecipou que o relatório que será divulgado nesta semana abordará as preocupações da HRW diante de uma possível reeleição de Uribe.

- Preocupam-nos as sucessivas modificações constitucionais que permitem a eventual reeleição do presidente Uribe. Os mecanismos de controle na Colômbia são manejados pelo presidente - ponderou.

Uribe, que já está em seu segundo mandato como presidente, só poderá se candidatar mais uma vez ao cargo se houver uma mudança na Carta Magna.

Atualmente, está sob a análise da Corte Constitucional um projeto que, se aprovado, convocará um referendo sobre a hipótese de Uribe concorrer ao terceiro mandato consecutivo. As eleições colombianas ocorrem em maio.


Fonte: Jornal do Brasil

Amorim deve defender desarmamento nuclear e uso pacífico de tecnologia em abertura de seminário em Paris

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, abre hoje (2), em Paris, o seminário Desarmamento Nuclear Global Zero. Em seu discurso, Amorim deverá mencionar a experiência brasileira que se baseia no estímulo e desenvolvimento de pesquisas na área nuclear, mas veta toda e qualquer experiência para fins militares. Os debates ocorrem no momento que o Irã é alvo de críticas de parte da comunidade internacional.

O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, é suspeito, segundo autoridades internacionais, de produzir urânio enriquecido para fins militares. Há denúncias sobre a existência de usinas destinadas à fabricação de armamentos. O iraniano nega as acusações.

Ao visitar o Brasil, em novembro, Ahmadinejad recebeu apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para manter as pesquisas referentes ao Programa Nuclear Iraniano. O presidente brasileiro reiterou, no entanto, que as pesquisas devem ter fins pacíficos. De acordo com Lula, uma de suas metas era colaborar com no diálogo do iraniano com a comunidade internacional.

As discussões, em Paris, ocorrem a 90 dias da Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação (TNP) de armas nucleares, que será realizada em Nova York.

Assinado em 1968, o TNP tem apoio de 137 países, incluindo o Brasil. O objetivo é reunir esforços para evitar o uso da produção nuclear para fins militares e buscar meios de sua aplicação pacífica.

O trabalho de fiscalização é realizado pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), com sede em Viena. Os integrantes da Aiea se reúnem pelo menos cinco vezes por ano para analisar assuntos da área.


Fonte: UOL

Brasil do Período Imperial por Boris Fausto