25 janeiro 2010

Dicionário de Economia

Esses e outros termos do "Economiquês" podem ser encontrados no dicionário de economia do EconomiaBR. Bom divertimento!

http://www.economiabr.net/dicionario/index.html


Arbitragem Cambial: É a operação de compra de uma quantidade de moeda local e na venda de outra quantidade de moeda estrangeira, de tal forma que, aplicando-se a paridade entre elas, obtenha-se equivalência

Balança Comercial: É o item mais importante das contas externas. Registra todas as exportações e importações feitas por empresas no Brasil. No início dos anos 90, essa conta registrava consecutivos superávites, ou seja, as exportações superavam as importações. Com a abertura econômica, a balança passou a ter déficits.

Déficit Primário: É o resultado das contas públicas que inclui o Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central.

Inflação: Fenômeno geral de ajuste, por meio monetário, das tensões existentes em um conjunto socioeconômico, e que é caracterizada pela alta do nível geral dos preços e pela depreciação da moeda.

Lastro: Depósito em ouro que serve de garantia ao papel-moeda. Nas operações do nosso mercado financeiro, lastro são os títulos dados em garantia de uma operação de open market.

Paraíso Fiscal: Zona econômica onde a regulamentação fiscal e monetária das atividades bancárias é leve, ou até inexistente (ex. Suíça, Panamá, Luxemburgo, etc.).

Transferências Unilaterais: Conta composta por todas as doações e remessas de dinheiro para o país não relacionadas com operações comerciais, como o dinheiro mandado por brasileiros que moram no exterior.

Zona de Livre Comércio: Conjunto dos países que organizam entre si a livre circulação das mercadorias produzidas nos seus territórios.

TPS Rio - Primeira fase do CACD 2010

Candidatos descansam durante o intervalo das provas.

O certame do Rio de Janeiro aconteceu na Universidade Veiga de Almeida.


Concurso para Diplomacia - Instituto Rio Branco - CACD 2010 - TPS Rio: Acordei cedo, enchi minha mochila e fui para a rodoviária de Volta Redonda com destino ao Rio. Tentei dormir durante a viagem, mas uma senhora sentada ao meu lado no ônibus puxou papo. Resolvi conversar um pouco para soltar a cama das costas, e foi bom! Deus estava nesse negócio.

Chegando lá, descobri que os táxis oferecidos na porta da rodoviária são o dobro do preço. Mas já era tarde. Na calçada da universidade, uma fila. Entrei sem perguntar. Observei que os vendedores ambulantes sabem mais das regras da prova que os candidatos:

_ Caneta preta pra fazer a provaaaa! Águaáguaáguaáguaaaaa!!!!

Por falar em água, o Curso Clio (meu sonho de consumo concurseiro) distribuiu squeezes para os candidatos, sortearam um livro e distribuiram fitinhas da sorte, que só peguei porque dava desconto nas mensalidades. Claro que ainda não posso pagar o curso, mas é melhor 10% de alguma coisa do que 100% de nada.

Antes da prova, olhei para o lado e vi um jovem de cabelos longos, barba castanha e olhos claros. Caraca, sabia que a prova era difícil, mas concorrer com Jesus ficava mais complicado ainda! Do outro lado uma mulher montou uma mesa de café da manhã junto com a prova, e ao invés da identidade, passaporte... Estranho.

Começou. Nada de lápis ou relógio, só caneta preta. Os fiscais de sala informavam o tempo a cada meia hora. Como havia planejado, fiz primeiro as questões que sabia. Foi ótimo! Pude aproveitar o tempo ao máximo. Levei uns quarenta minutos para preencher o gabarito e fim da primeira etapa. Muito divertido. Adoro prova!

Para economizar uma grana, decidi levar o almoço. Minha esposa preparou umas panquecas de frango saborosas que já queria devorá-las desde cedo. Quando estava indo para o pátio, fui advertido que não poderia permanecer dentro da universidade durante o intervalo das provas. Caramba, uma prova federal com candidatos de todo o Estado e não há o mínimo de consideração para ao menos permanecer no pátio! E agora? Bom, dei meu jeito para devorar minhas saborosas panquecas de frango. Corri para o estacionamento e me escondi lá para almoçar. Consegui comer mais da metade até me encontrarem... hehehe! Na próxima, levarei suculentos sanduíches de carne bovina.

As ruas da Tijuca não são, digamos, um bom lugar para ficar parado por duas horas. Peguei um táxi e outra facada bolso. O motorista me perguntou se eu era mineiro, expliquei que Volta Redonda é uma cidade que fica na divisa de São Paulo, Minas e Rio, e que lá tem muitos mineiros (blá blá blá) e fui para o Shopping Tijuca das lojas fechadas. Liguei para minha esposa e fiquei dando voltas até cansar. Sentei um pouco, mais voltas. Voltei. Outro taxista me perguntou se eu era mineiro e contei a mesma história... e mais uma facadinha de leve. Tirei fotos, lavei o rosto, enchi o squeeze e fui para a sala. Incrível como vem uma dor de cabeça na hora que a gente menos espera. Meio atordoado, vi Jesus de novo fazendo prova comigo e a mulher do passaporte com a mesa do café da tarde agora com um remédio homeopático... Estranho. Zuei um cara com uma camisa cheia de bandeiras de países, e entrei de cabeça no certame.

Caramba, a experiência foi ótima! Eu tenho que estudar mais de tudo, principlamente inglês! Este ano vou traduzir a obra de Guimarães Rosa pra ver se dá certo em 2011. Fiz o mesmo esquema de resolver primeiro tudo o que sabia, e que não era tanto assim. Terminei, fui para a rodoviária e descobri que meus maiores gastos foram com táxi e que a grana não sobrou nem para uma coxinha azeda de cinco reais! Livramento.

Interessante que no mesmo dia o time de futebol de Volta Redonda estava levando um gol do Fluminense no Maracanã! Podia até pegar uma carona com os torcedores que estavam saindo mais cedo do estádio, pelo menos não iriam perguntar se eu era mineiro.

No fim das contas, este domingo foi o dia dos voltaredondenses chutarem no Rio. Se a bola foi pra fora, se bateu na trave ou se foi gol, só quando sair o gabarito. O Voltaço já sabe o placar, falta eu. Até lá!